Saponificação 

O que é o processo de saponificação?

A reação de saponificação acontece entre um éster e uma base forte em meio aquoso. O processo é uma hidrólise alcalina formando como produtos: sal e álcool.

Essa reação é conhecida como saponificação pois quando acontece com um triéster proveniente de ácidos graxos, obtêm-se os sabões. 

Os ácidos graxos são ácidos carboxílicos que possuem cadeia longa. Ao reagirem com a glicerina, formam-se os triglicerídeos que compõem os óleos e gorduras animais e vegetais. 

O processo de produção de sabão consiste  em aquecer os óleos ou então as gorduras vegetais juntamente com uma solução aquosa de base forte como por exemplo, o hidróxido de sódio (NaOH).

Inicialmente, os sabões eram produzidos com misturas de gorduras de animais colocadas em contato com cinzas de madeira. Essas cinzas apresentam substâncias alcalinas como, por exemplo, o carbonato de sódio e de potássio e com isso, a reação de saponificação acontecia. 

Como é a estrutura do sabão?

O sabão apresenta uma estrutura com uma longa cadeia carbônica que é a parte apolar da substância sendo obtida do ácido graxo utilizado na saponificação, enquanto a extremidade das moléculas é polar. 

Essa característica da estrutura permite que o sabão interaja com outros compostos polares e apolares, uma vez que, possui características polares e apolares na sua estrutura. Sendo assim, o sabão consegue interagir tanto com gorduras que são apolares como com moléculas de água que são polares. 

Durante a limpeza de louças sujas com gorduras, a sujeira acaba sendo englobada em pequenas partículas que conseguem ser enxaguadas e arrastadas pelo processo de lavagem. O que ocorre é a formação de micelas por meio de um processo de emulsificação. As micelas são estruturas químicas que se formam quando uma gotícula de lipídeo é envolvida por moléculas do sabão. 

A parte hidrofóbica do sabão interage com as moléculas de gordura, sendo assim, a parte apolar fica orientada para “dentro”. Já a extremidade polar acaba ficando para fora e interage com as moléculas de água usadas para lavar o objeto sujo atuando como um emulsificante por promover a dispersão do óleo na água. Diante desse funcionamento, os sabões são classificados como tensoativos, uma vez que conseguem diminuir a tensão superficial ou interfacial de uma mistura de dois líquidos promovendo essa emulsificação. 

Quais os tipos de saponificação? 

Os tipos de sabão obtidos são dependentes da base utilizada no processo de saponificação. Dependendo da base utilizada, alteram-se as características dos sabões obtidos. 

Caso utilize-se o NaOH, por exemplo, obtém-se um sabão de sódio que é o tipo de sabão mais comum e que tem um aspecto mais duro. Já em sabões obtidos por meio do hidrólise alcalina por KOH, tem-se sabões mais macios que podem ter aspecto líquido e que costumam ser usados em cremes de barbear. 

Por conta dessa diferença nos produtos obtidos, há o índice de saponificação. 

Esse índice indica a quantidade mínima de miligramas de KOH que é necessária para que 1 g de óleo ou de gordura sofra o processo de saponificação completa. Em geral, quanto maior o índice, menor é a massa molar. 

O álcool obtido ao final do processo é o glicerol, também conhecido como glicerina e é utilizado na fabricação de cosméticos.