Isótopos

Os isótopos são átomos do mesmo elemento químico que apresentam o mesmo número de prótons mas diferenciam-se na massa atômica e no número de nêutrons.

Conteúdo do post

Qual é a definição de isótopos? 

Os isótopos correspondem aos átomos de um mesmo elemento químico que apresentam um mesmo número de prótons mas diferenciam-se pelo número de nêutrons e de massa. 

Desse modo, podemos considerar que eles são uma variação do mesmo elemento já que os átomos apresentam o mesmo número atômico e os elementos são diferenciados por esse valor. Inclusive, a origem do termo está associada ao seu significado, uma vez que, iso significa igual e tópos significa lugar e na tabela periódica, eles ocupam o mesmo lugar. 

Devido ao mesmo número atômico, os isótopos apresentam propriedades químicas semelhantes mas possuem propriedades físicas diferentes, como por exemplo, a densidade, devido às suas massas diferentes. 

Qual isótopo é usado como padrão? 

De acordo com a IUPAC (União Internacional da Química Pura e Aplicada), a unidade padrão usada para a massa atômica corresponde ao equivalente a 1/12 da massa do isótopo 12 do carbono. Ou seja, quando falamos de massa atômica estamos falando de quantas vezes o átomo em questão é mais pesado do que o padrão. 

Quando analisamos os isótopos de um mesmo elemento verifica-se que a abundância natural deles são diferentes e isso deve ser levado em conta para o cálculo da massa atômica. Assim, o isótopo mais abundante é o que contribui de modo mais significativo às características químicas do elemento. 

Considere, por exemplo, os isótopos de cloro:

Cl35 → abundância: 75,76% → massa relativa: 34,969 u

Cl37 → abundância: 24,24% → massa relativa: 36,966 u

A partir desses valores, podemos calcular a massa atômica relativa do cloro que é dada por meio de uma média ponderada:

massa atômica = (75,76*34,969) + (24,24*36,966)/ 100 = 35,5 u

Quais os exemplos de isótopos? 

Uma boa parte dos elementos químicos conhecidos apresentam isótopos. Além do cloro, pode-se citar ainda, os isótopos do carbono e também de hidrogênio. 

Carbono 

O carbono apresenta três isótopos naturais:

  • 6C12 (carbono-12) → é o mais abundante na natureza com 98,89% de abundância e possui 6 prótons e 6 nêutrons no núcleo;
  • 6C13 (carbono-13) → apresenta abundância natural entre 1,01-1,14% possuindo 6 prótons e 7 nêutrons no seu núcleo;
  • 6C14 (carbono-14) → possui apenas traços na natureza, possui 6 prótons e 8 nêutrons no seu núcleo. No entanto, esse isótopo é radioativo e é utilizado em processos como a datação de fósseis. 

Hidrogênio

Assim como o carbono , o hidrogênio apresenta três isótopos conhecidos. São eles:

  • 1H1 (prótio ou hidrogênio) → é o isótopo mais abundante do hidrogênio (99,985%) e possui 1 próton e nenhum nêutron no seu núcleo;
  • 1H2 (deutério ou hidrogênio pesado) → é um isótopo raro do hidrogênio com abundância de 0,015%, sendo uma molécula de hidrogênio que contém um nêutron;
  • 1H3 (trítio) → é um isótopo radioativo possuindo apenas traços na natureza. 
Imagem mostrando os isótopos de hidrogênio mostrando os prótons, elétrons e nêutrons de cada um deles:

1. prótio
2. deutério 
3. trítio
Representação dos isótopos de hidrogênio

Para que servem os radioisótopos na medicina? 

Os radioisótopos correspondem aos átomos que apresentam um núcleo radioativo e assim, podem liberar radiação para se transformar em outro isótopo por meio de um decaimento radioativo. 

Uma das utilizações dos radioisótopos na medicina é para o tratamento de câncer. Na radioterapia, o radioisótopo é ligado a uma molécula que o leve até a célula doente. No processo de decaimento radioativo, ele emite radiação que são responsáveis por ionizar o DNA da célula cancerosa e assim, conseguem inibir o seu crescimento. 

Além dessa aplicação, os radioisótopos também podem ser utilizados nos exames de diagnóstico como o raio-X e a ressonância magnética. 

Como funciona a datação com carbono-14?

O processo de datação de carbono-14 possui como base seu tempo de decaimento de 5730 anos e são incorporados por todos os seres vivos. 

Na década de 1940, a técnica foi descoberta por Willard Libby que utilizou um contador Geiser para medir a radioatividade do C-14 presente em vários objetos. Como resultado, ele observou que o decaimento desse isótopo ocorria a um ritmo constante após a morte dos seres vivos. É esse fato que justifica o seu uso na verificação da idade de fósseis, já que após a morte, tem-se essa diminuição dessa quantidade de C-14 devido a sua desintegração.

Compartilhe:

capa_elemento_químico

Elemento químico

O elemento químico é um conjunto de átomos que possui o mesmo número atômico e possuem as mesmas propriedades e características entre si.

Ler mais
capa_fórmula_molecular

Fórmula molecular

A fórmula molecular mostra quais os elementos que formam determinada substância e o número exato de átomos de cada elemento está presente em uma molécula dessa substância em específico.

Ler mais

Aryanne Viana

Fundadora do Blog VaiQuímica!

Fundadora e Professora do VaiQuímica!, Bacharela em Química pela USP com ênfase em Alimentos e Mestranda em Físico-Química.